Wednesday, September 20, 2006

Fábula Na Piscina.

Olha concordo...Confesso que fui assistir a esse filme com medo... medo de perder meu tempo com mais uma bomba a caminho, sim, porque este ano bombas estão pipocando nos cinemas....Pensei:"vou ver esse filme para falar mal, detonar". É bom falar mal e detonar não é? Mas não deu...Gostei da Dama...Gostei da água...Gostei do Filme...É um filme simples e ambicioso ao mesmo tempo, simples porque tudo se passa no quintal de um subúrbio, ambicioso porque se trata de uma fábula pretensamente urbana. Uma ninfa na piscina, nada mais absurdo e familiar: uma ninfa na piscina de um prédio é mais próximo do nosso cotidiano do que uma ninfa no Monte Olimpo, ou seja, o cenário do filme é bem real, verossímil, mas a personagem central não..E é isso que torna o filme fascinante. Um elemento completamente mitológico no meio de um contexto mundano...Isso torna a atmosfera do filme estranha, porém atingível, parece que podemos tocar na ninfa, ou narfe como é identificada, justamente porque ela está numa piscina e não na Terra do Nunca. O brilhantismo está no uso original dos espaços: é no meio de um pátio, de um prédio do subúrbio, e só ali, que uma fábula, um conto fantástico se desenrola...Não há florestas encantadas, cidades de ouro, guerras intermináveis...O que há é um pátio e uma piscina!!!! É nos cantos de uma sala que toda criança cria sua mitologia, é embaixo das camas que estão os duendes...Essa capacidade imaginativa da infancia é bem expressa pela Dama Na Água.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home